domingo, 8 de dezembro de 2013

Mistério

Após a morte de Akhenaton e o estranho desaparecimento de Kiya, o seu filho Tutankhamon fez renascer ao culto de Amon, muito sob pressão dos sacerdotes e do povo descontente com o rumo da nação.

O fim do reino de Akhenaton está envolto em confusão. Um ou talvez dois faraós governam por breves períodos, com Akhenaton ainda vivo, já morto ou em ambos os casos. Muitos egiptólogos pensam que o primeiro desses "reis" é, na verdade, Nefertiti. Já o segundo é um personagem enigmático chamado Smenkhkare e em seguida o trono é ocupado por um menino de apenas 9 anos de idade: Tutankhaton ("a imagem viva de Aton").

Em algum momento nos dois primeiros anos de seu reinado, ele e sua mulher, Ankhesenpaaton (que era filha de Akhenaton e de Nefertiti), abandonam Amarna e voltam a Tebas, reabrindo os templos e restituindo-os à antiga glória e prosperidade. Também alteram os próprios nomes, para Tutankhamon e Ankhesenamon, proclamando sua rejeição à heresia de Akhenaton e uma devoção renovada ao culto de Amon.

Dez anos depois de subir ao trono, Tutankhamon morre, sem deixar herdeiros que possam ocupar o seu lugar. Ele é sepultado às pressas em uma tumba de pequenas dimensões, projetada para um indivíduo comum não para um faraó. Em represália contra a heresia de Akhenaton, seus sucessores empenham-se em obliterar dos registros históricos quase todos os traços dos reis de Amarna, entre eles Tutankhamon.

Ironicamente, essa tentativa de eliminar a memória dele acabou preservando Tutankhamon para sempre. Menos de um século após ele morrer, a localização de sua sepultura havia sido esquecida. Oculta de saqueadores por outras edificações erguidas no mesmo local, ela permaneceu intacta até ser descoberta em 1922. Mais de 5 mil objetos foram encontrados no interior da tumba.

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